Extraído do Portal Melodia
Símbolos do Apocalipse I
"Graças te dou, ó Pai... que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos" (Mt 11.25b). Sobre o Apocalipse, que é o livro da Revelação do juízo de Deus não nos limitamos aos tipos e símbolos, fazemos uma ligeira exposição dos assuntos e sua relação com os outros livros da Bíblia. Para se entender a tipologia deste livro, é preciso conhecer outras passagens bíblicas, relacionadas com o plano do julgamento final.
Apocalipse é o único livro da Bíblia que diz, logo no começo do texto, que é feliz quem lê: "Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem e guardam a profecia deste livro" (1:3). Satanás ensina aos "sábios e entendidos" que é "um livro difícil e controvertido". Deus ensina aos "pequeninos" que é "Revelação de Jesus aos seus servos".
O livro tem sete bem-aventuranças. Cada crente procure ver se está pronto para tomar posse das que estão ao seu alcance. Sete Bem-aventuranças
1 a) Bem-aventurado o que lê e os que ouvem e guardam a profecia deste livro (1.3).
2 a) Bem-aventurado os mortos, que morrem no Senhor( I4.13).
3 a) Bem-aventurado aquele que vigia (em relação à vinda do Senhor) (I6.15).
4 a) Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro (19.9).
5a) Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição (20.6).
6 a) Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro (22.7).
7 a) Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro (22.14).
Cada capítulo do livro de Apocalipse tem promessas, ou frases que apresentam conforto espiritual mesmo para quem não souber interpretar as visões proféticas. Todo crente pode encontrar conforto para sua alma, lendo qualquer parte da revelação de Jesus Cristo.
Capítulo 1 A visão '...vi sete castiçais de ouro (v 12); no meio dos castiçais, um semelhante ao Filho do homem (v 13); e Ele tinha na sua destra sete estrelas" (v 16). Os castiçais e as estrelas são explicados no próprio texto (v.20). As 7 estrelas são as sete igrejas a quem João devia enviar as mensagens que ia escrever. Existiam estes lugares com estes nomes e Deus mandava, por meio de João, uma carta a cada igreja (v.11). As 7 cartas são o conteúdo dos capítulos 2 e 3. Aquele que João viu (v 13-16) era o próprio Jesus. João fora apóstolo, a visão que ele teve de Jesus é considerada assim, coisa passada: "as coisas que viste". Sete Cartas às sete Igrejas da Ásia . Deus sabe das obras de todas. Algumas coisas Deus aceita, outras Ele reprova. Aquelas cartas têm referência a cada igreja ou a cada crente. Nós trabalhamos para Deus, umas coisas fazemos de acordo com a vontade de Deus, outras são erradas. Estas sete cartas representam "as coisas que são", o tempo presente Desde que João escreveu até a vinda do Senhor, cada crente precisa examinar a palavra de Deus para agir como Deus aprova. Éfeso (2.1-7).
Deus aprova: obras trabalho, paciência, zelo, doutrina, disposição para sofrer, atividade e perseverança.. A falta: "deixaste o teu primeiro amor" – O amor a Deus tinha diminuído. Nossas igrejas têm muito menos coisas boas do que Éfeso, imaginemos quanto falta para agradar a Deus. E nossa vida individual? Smirna (2.8-11). Deus não especifica as obras, mas a tribulação e a pobreza. Era rica para com Deus. A recomendação é "não temas", mas prediz uma tribulação de dez dias. São entendidos como dez perseguições oficiais movidas pelos imperadores romanos. A exortação é "Sê fiel até a morte..." O sentido não é até morrer de velho, mas até enfrentar a morte se for necessário. Quer dizer o martírio. Em Smirna Deus nada reprovou. Pérgamo (2.12-17). Deus diz "eu sei onde habitas que é onde está o trono de Satanás". Era difícil ser crente ali, mas aquela igreja manteve o nome de Deus, não negou a fé (v 13).
Deus reprova a tolerância para os que seguiam a doutrina de Balaão. Representa a união da igreja com coisas corrompidas do mundo. Havia tolerância também para os seguidores dos nicolaítas. Julga-se que era doutrina do mesmo sentido da de Balaão. Deus aborrecia (v 15). A exortação era: arrepende-te. Tiatira (2.18-29). Deus via obras, amor, serviço, fé e paciência. E as últimas obras mais do que as primeiras. Havia só uma coisa contra. Tolerava o ensino de Jezabel. Era mulher, como a rainha que oficializou o culto idólatra em Israel (1 Rs 16.31; 21.25), rainha que ensinava aos crentes de Tiatira o engano da prostituição e da idolatria. A exortação e a promessa eram para uns restantes (v24,25) reterem o que tinham da palavra de Deus. A outra parte estava reprovada por Deus. Sardo (3.1-6). Havia obras, parecia viva, mas para Deus era morta.
A exortação é: "Arrepende-te". Muitos crentes hoje tem obras que Deus reprova. Só uns poucos em Sardo eram fiéis. Esses seriam recebidos pelo Senhor. Filadélfia (3.7-13). Filadélfia quer dizer amor aos irmãos. Nesta Deus nada condenou. "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação". Isto fala da Grande Tribulação. Esta promessa é uma prova de que a Igreja não passará pela Tribulação, Deus promete guardar "da hora". Antes a Igreja será arrebatada. Laodicéia (3.14-22). Nem era fria nem quente a igreja rejeitada por Deus. Os crentes achavam-se ricos, tinham programas, atividades, beneficência, de acordo com seu modo de pensar. Deus estava do lado de fora. Nada prestava naquela igreja.
Jesus Cristo faz um apelo individual: "Se alguém abrir a Porta; entrarei." A igreja estava condenada. Se alguma pessoa atendesse ao apelo de Jesus, teria comunhão com Ele e se sentaria no trono para reinar. Parte Futura do Apocalipse A parte profética da Bíblia, que ainda não teve cumprimento se resume em dois assuntos: a Segunda Vinda de Cristo e a Restauração de Israel. Sem um conhecimento destes dois pontos, não se pode entender bem o que segue no livro da Revelação. A Segunda vinda de Cristo O pensamento chave de Apocalipse é: A Segunda Vinda. O versículo chave é 1.4; "Eis que vem nas nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram".
Na próxima Vinda, é preciso distinguir duas fases:
1ª) O arrebatamento da Igreja (Jo 143; I Ts 4.16 e 17; I Co 15.52). É invisível para o mundo. Os crentes mortos ressurgirão e os vivos serão transformados, e todos iremos encontrar o Senhor nos ares.
2ª) O aparecimento glorioso. O Senhor Jesus Cristo virá nas nuvens com os seus santos, e todo o olho o verá. Destruirá o Anticristo, julgará o mundo, e estabelecerá o seu Reino (Mt 25.31-33; At 1.11; Jd 14,15; Ap 1.7). Entre as duas fases haverá um intervalo de sete anos. Logo após o arrebatamento da Igreja, aparecerá o Anticristo, que tomará as rédeas do governo do mundo, e reinará durante os sete anos, até a volta de Jesus Cristo. Agora "há um que resiste" e não permite que ele apareça. É o Espírito Santo, que será tirado daqui com a saída da Igreja (Ver 2 Ts 2.3-9). A restauração de Israel Daniel tratando disto fala de "70 semanas". "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir as transgressões, dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, trazer justiça eterna, selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos" (Dn 9.24).
Esta profecia ainda não foi cumprida, e só poderá Ter seu cumprimento quando Jesus vier. As 70 semanas eram contadas desde a ordem para restaurar Jerusalém. Passando-se sete semanas mais sessenta e duas (69 semanas), viria o Messias. Teve cumprimento em Lucas 19.37,38 (ver Dn 9.25,26). O Messias foi tirado quando Jesus morreu, ressuscitou e subiu aos céus. Cumpriu-se esta parte. Faltou uma semana. Quando Jesus foi rejeitado pelo seu povo, "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11), parou a contagem do tempo da profecia. O relógio de Deus é o povo judeu. Quando a nação israelita está fora de seu plano, o relógio pára. Jesus disse: "...o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos" (Mt 21.43). Apareceu a Igreja para todos os povos, como um parêntesis na história, que não foi visto pelos profetas. Com a saída da Igreja, o relógio começa a trabalhar. A última semana de Daniel é o intervalo entre as duas fases da vinda de Jesus Cristo; e é o tempo do governo do Anticristo.
A prova de que Daniel fala de sete anos é que a mesma a vem noutras passagens, empregando outras palavras que indicam anos. Em Daniel 9.26 "o príncipe que há de vir" faz um concerto por uma semana e na metade da semana quebra o concerto. Em Daniel 7.25, os santos são entregues por "um tempo e metade de um tempo" ( 1 ano + 2 anos + ½ ano = 3 ½ anos). Em Apocalipse 11.2,3 e 13.5 vêm as expressões: "quarenta e dois meses" = 3 ½ anos e "mil e duzentos e sessenta dias" = 3 ½ anos. Portanto, o Anticristo faz um acordo com o povo judeu por sete anos, e no meio da semana de anos ele quebra o acordo e persegue os judeus.
Capítulos 4 a 22 –"Coisas que depois destas devem acontecer"
a) Julgamento do mundo e do Anticristo – (caps. 4 a 19)
b) Julgamento de Satanás e dos mortos incrédulos (cap. 20)
c) Coisas novas – (caps. 21 e 22)
Capítulo 4 –João foi arrebatado (v 1 e 2) para ver as coisas futuras Este arrebatamento é símbolo do arrebatamento da Igreja.
João viu:
a) Um trono (v 2).
b) Um assentado sobre ele (v 2 e 3).
c) 24 tronos com 24 anciãos (v 4).
d) 4 criaturas viventes (v 6-8).
O que estava no trono – O Senhor Jesus Cristo. Os 24 anciãos – A Igreja com os santos do Antigo Testamento, que ressuscitarão por ocasião do Arrebatamento. Eles sem nós não serão aperfeiçoados (Hb 11.39,40). São os amigos do esposo que se alegrarão nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7). João Batista foi o último (Jo 3.29). Nós seremos a noiva. O número 24 ( 12+12). Os antigos representando as 12 tribos de Israel, e a Igreja baseada no testemunho de 12 apóstolos. As 4 criaturas viventes – Ezequiel viu as mesmas quatro (Ez.1.5,21) e identificou-as como querubins (Ez 10.1,20). Simbolizam as características de Jesus Cristo em sua manifestação nos quatro, Evangelhos. O leão é o Rei de Mateus; o bezerro é o Servo de Marcos; o rosto de homem é o Homem perfeito de Lucas; e a águia voando é o Verbo divino de João.
Capítulo 5 – Um livro selado com sete selos: É o livro dos juízos de Deus. Tudo que se segue no livro do Apocalipse procede daquele livro que João viu. Na manifestação dos juízos, há três séries de sete: sete selos, sete trombetas e sete taças ou salvas. Um modo de explicar é: os selos – o juízo determinado; as trombetas – o juízo proclamando; as taças – o juízo executado. A realidade, porém, é que os sete selos abrangem todos os juízos, enquanto as trombetas e as taças são apenas uma visão relacionada com o sétimo selo. Só Jesus Cristo podia abrir o livro e desatar os selos (v.5 e 6). "Os sete Espíritos" são atributos dele. São referidos em Apocalipse 1.4, e explicados em Isaías11.2. Capítulos 6.1-17 a 8.1-A abertura dos selos 1° Selo – Aparece um montado num cavalo branco (v2).
Este é o Anticristo; é diferente de Jesus Cristo (19.11,15) porque tem um arco, arma selvagem, enquanto Jesus tem espada, e o nome de Jesus é Fiel. Este aparecimento tem relação com 13.1 a 8. 2° Selo – Cavalo vermelho – guerra. 3° Selo – Cavalo preto – fome. 4° Selo – Cavalo Amarelo – peste. Com o Anticristo virá a morte por meio da guerra, fome e peste. 5° Selo – Almas debaixo do altar (v 9). Pessoas que se convertem após o Arrebatamento. Não são da Igreja. Foram mortas pelo Anticristo. Tinham de esperar outras que também haveriam de morrer por serem crentes (v 11). 6°Selo
O mundo se abala com sinais no céu e na terra, e os homens procuram se esconder da ira de Deus (v 15 e 16). Entre o 7" e o 6o Selo há um intervalo quando aparecem dois grupos:
a) Os 114.000 assinalados de todas as 12 tribos de Israel(7.1-8).Não da Igreja, são os restantes dos judeus que serão salvos e serão os súditos do reino de Jesus Cristo (Is 10.22; Rm 9.27).
b) Uma multidão inumerável de todas as nações (7.9-17).Estas passaram pela Grande Tribulação, e agora são recebidas por Deus. São os que completam o número de conservos e irmãos, juntamente com os que estavam debaixo do altar (6.9-11). Tomam parte na primeira ressurreição (20.4-6). 7° Selo (8.1-6) – Os sete anjos se preparam para tocarem as sete trombetas. "O incenso subiu com as orações dos santos" (v 4). O incenso é símbolo de nossas orações, que em todo tempo têm valor. "Suba a minha oração como incenso, perante a tua face" (Sl l41.2).Ver Apocalipse 5.8; 8.2, e referências a Deus; ouvir orações de Zacarias(Lc 1.13); Cornélio (At 10.4); Jó (Jó 42.10); Daniel (Dn 10.12) e outros.
1ª Trombeta – Saraiva e fogo misturado com sangue, queimando a terça parte da terra, das árvores e da erva verde. Tudo é castigo de Deus. Pode Ter sentido literal, e pode representar destruição de personagens salientes no governo e de fontes de produção e de riqueza.
2ª Trombeta – Um monte ardendo caiu no mar. Pode ser cataclismo ou uma revolução que prejudique a navegação comércio e a atividade dos homens.
3ª Trombeta – Caiu uma estrela chamada Absinto. e prejudicou os rios e as fontes de água que se tornaram amargas e venenosas. Pode ser literal, mas também pode ser uma doutrina errada, apostasia – A estrela é luz, ali é mote. O ensino espiritual que devia trazer luz trouxe morte.
4ª Trombeta – Foi ferida a Terça parte do sol, luz e estrelas para que houvesse trevas. São feridos os poderes do governo. Pode ser o primeiro fracasso do Império Romano, na pessoa da 7ª cabeça da besta (Ap 13.3). Imediatamente o poder de Satanás se revela Pode ser o meio da semana, quando o Anticristo quebra o contrato com o povo judeu. Estas quatro primeiras trombetas trouxeram uma série de juízos por meio de coisas naturais. As três últimas trarão fenômenos sobrenaturais, Um anjo chegou a bradar: ",..Ai ai! os que habitam sobre a terra.! Por causa das outras vozes das trombetas..." (8.13b).
5ª Trombeta – (9.1-12) – Uma estrela caiu e abriu o poço do abismo. Saiu fumaça, e escureceu o sol e o ar, e apareceu uma de gafanhotos. Os gafanhotos comuns só comem erva, aqueles não destoem nem comem nada. Só fazem atormentar os homens que procurarão morrer e não haverá morte. São demônios que têm como rei o Destruidor que é Satanás. A humanidade brinca, buscando os espíritos malignos. Deus proíbe a seu povo fazer isto. Naqueles dias, o poço do abismo será aberto e virão sobre a terra para atormentar por cinco meses.
6ª Trombeta – Foram soltos quatro anjos maus que tinham exércitos de duzentos milhões de cavaleiros, para matar a terça parte dos homens. Pela descrição dos cavaleiros (v 17-19) pode se ver que não são homens, são forças malignas para destruir. Os homens, que não foram mortos não se arrependeram de suas maldades (v 21 ). Como aconteceu com os selos, entre a 6ª e a 7ª trombeta há um intervalo, e aparecem dois símbolos: O livrinho que foi comido por João; e as duas testemunhas. O Livrinho (Cap.10) João viu um anjo forte com um livrinho na mão (v 1,2), e recebeu ordem para comê-lo. Comendo-o, achou que era doce como mel, mas depois sentiu amargor no ventre. Ezequiel teve uma experiência igual à de João (Ez 2.9; 3.3). O significado era que João tinha de receber a palavra de Deus para transmitir aos outros. O crente acha a palavra de Deus agradável e doce como mel (Sl 19.10;Jr 15.16),mas, quando vai pregar, encontra tristeza e amargura, com a incredulidade e a oposição do mundo.
Símbolos do Apocalipse II
"Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava..." (1 Pe 3.20a). As duas testemunhas (11.1-14) São dois varões enviados por Deus com poder para profetizarem por 1.260 dias (vv 3-7). Este período corresponde a 3 ½ anos da primeira metade da semana de anos. No meio da semana o Anticristo os matará em Jerusalém, "onde seu Senhor foi crucificado" (v 8). Jerusalém está dominada por tantos pecados que é comparada a Sodoma e Egito, mas ali as testemunhas de Deus pregarão. Os que se converteram com sua mensagem, devem ser os mártires dos capítulos 6.9 e 7.9. Durante três dias e meio, permanecerão mortos e serão vistos pelos povos de várias partes do mundo. Com o processo da ciência por meio da televisão e outros tipos de comunicação, será possível acontecer isto em três dias e meio. Então Deus os ressuscitará e os chamará para o céu, causando grande espanto aos inimigos . Segue-se um terremoto bem terrível (vv 13 e 14).
7ª Trombeta – "Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo." Realiza-se aqui o que os santos rogaram e por isso estão agradecendo (v 17). Esta trombeta do juízo é mais um ai para Satanás e seu povo. A sétima trombeta dá lugar à outra série de juízos, por meio das sete taças da ira de Deus. Um parêntese na apresentação dos juízos ( 11.19 –14.20) Antes de virem as taças, há este trecho, com diversas visões que servem de explicação, ou ajudam a compreender todo o conteúdo dos capítulos 4 a 11 e 15 a 19.
Aparecem detalhes do ambiente onde são executados os juízos de Deus; e são mencionados agentes e forças inimigas que ajudam a entender melhor a razão da destruição que é realizada. Abriu-se o céu (11.19) e foram vistos o Templo de Deus e a arca do concerto. Seguiram-se relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e saraiva. Deus estava anunciando alguma coisa de alta significação e importância. Os capítulos 12,13 e 14 trazem visões, que não formam seqüência com a parte anterior, nem com o que segue mas têm uma relação que se descobre no estudo progressivo. R. H. Boll, em seu livro "O Apocalipse e Revelação de Jesus Cristo, chama o pano de fundo de todo o período dos capítulos 4 a 19. Capítulo 12.1-5, quanto ao tempo, pode ser antes de 4.2. O Capítulo 12.7 até 13.18 acontece no mesmo tempo das trombetas e das taças.
A besta vem entre a 6ª e a 7ª trombeta e durante as taças. Capítulo 12 – A mulher e seus inimigos A mulher é a nação israelita. A coroa de 12 estrelas fala das 12 tribos de Israel. A lua debaixo dos pés (v
1 ) é o mesmo Israel, que brilhou como nação, está obscura agora, e brilhará no futuro. É como a lua que alumia, fica escura, e depois alumia de novo. O dragão é Satanás (v 9) que manifestou seu ódio desde quando Jesus nasceu, usando Herodes (Mt 2.3,7,9.16); e continua odiando a pessoa de Jesus. A mulher foge para o deserto, onde há um lugar preparado por Deus (v.6). Deus protegeu Jesus, mandando-o para o Egito, no tempo de Herodes. Sustentou o povo judeu durante tantos séculos, e os inimigos não puderam exterminá-lo.
Do mesmo modo há de preparar um refúgio contra a ira do dragão naquele tempo. Satanás expulso dos céus (vv 7-9) – Agora ele vive rodeando a terra, tentando os homens (1 Pe 5.8), e vai à presença de Deus (Jó 1.6; 2.2) para acusar os crentes de dia e de noite (v 10). Naquela ocasião haverá guerra entre Miguel e seus anjos contra o dragão que será expulso dos céus e ficará zangado, porque sabe que falta pouco tempo para seu julgamento (v 12). Ele é expulso exatamente no meio da semana, e irado por isso, vai perseguir a mulher. Começa a Grande Tribulação, quando o Anticristo, inspirado por Satanás, quebra o acordo com o povo judeu. O lugar deserto para onde a mulher vai é o mesmo referido no versículo 6. Ali fica protegida por Deus por três anos e meio correspondentes à segunda metade da semana de anos.
A água como um rio que a serpente (o mesmo Satanás) lança contra ela são multidões e povos; água são povos, nações e línguas (17. 15). "A terra...tragou o rio" (v 16) é outra vez a intervenção de Deus. O dragão foi fazer guerra ao resto de sua semente (v 17). Satanás é sempre o mesmo inimigo do povo de Deus. Mostra sua persistência em combater quem busca a Deus. Este resto da semente é a única parte fiel dentre os judeus. A maioria adere ao Anticristo, e vai para a perdição. O mesmo que perseguiu os fiéis desde o começo continuará perseguindo até o fim.
Capítulo 13 –A besta que subiu do mar e a besta que subiu da terra Como Deus se manifesta na redenção da humanidade em três pessoas, que formam a Trindade, Satanás se apresentará naquele tempo numa trindade maligna. São duas bestas e o dragão (v 4 e 11). Podem ser conhecidos como: O Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta (ver 19.20; 20.10). Tudo é dirigido pela influência de Satanás, que dá todo o poder à primeira besta (v 4) e faz a segunda falar como ele (v 11). O dragão é o Antideus, a primeira besta é o Anticristo, e a segunda é o Antiespírito. As duas bestas agem de comum acordo que em muitos casos, nem se pode distinguir a pessoa de uma da outra. O governo de então será o Império Romano restaurado. Daniel viu quatro animais: um leão, um urso, um leopardo e uma fera desconhecida. São símbolos dos quatro impérios mundiais que governaram a humanidade: o babilônico, o medo-persa, o grego e o romano (Dn 7.2-28).
O quarto animal ali tinha dez chifres, depois aparecia uma ponta pequena, que se engrandecia contra os santos e os vencia (v 21). Isto era um rei que havia de falar contra o Altíssimo e destruir os santos que seriam entregues em sua mão por "um tempo e tempos e metade dum tempo" (Dn 7.23-25), é exatamente o que faz a primeira besta em Apocalipse 13.5-7. Foi assim o rei do quarto reino da visão de Daniel, que fez esta perseguição aos santos, até ser destruído, e o reino ser dado aos santos do Altíssimo. Do mesmo modo o Anticristo maltrata o povo de Deus até ser destruído seu reino, pela vinda de Jesus Cristo. A primeira besta (v 1 ) sobe do mar, que representa povos (ver 17.15). Não é um judeu, é um elemento romano que restabelece o Império.
A segunda besta (v 11) sobe da terra. É um judeu que representa seu povo, no acordo que a primeira faz com Israel por sete anos (Dn 9.27). Há quem diga que o Anticristo é uma doutrina, uma apostasia, uma ideologia como o comunismo. Não há base bíblica para tal idéia. O anticristo é um homem, que exerce o governo absoluto no mundo, no lugar de rei. Entre os expositores bíblicos cristãos, é mais comum a divergência sobre o qual das duas bestas do capítulo 13 será o Anticristo. Uns dizem que é a segunda que saiu da terra, porque é um judeu, e os judeus, dizem eles, não aceitam um rei que não seja de sua nação. Há quem pense que o Anticristo pode ser Judas Iscariotes. Não acham confirmação bíblica para o nome de Judas. E, quanto aos judeus aceitarem um rei que não seja de seu povo, já houve um exemplo claro das Escrituras.
Quando Pilatos perguntou: "...Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César" (Jo 19.15b). Se aceitaram no passado o imperador romano, não haverá problema aceitarem outra vez, confirmando uma lista de passagens bíblicas. A besta que saiu do mar é o Anticristo, e a que saiu da terra é o Antiespírito. Esta faz que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta (13.12), como o Espírito Santo faz com que adoremos Jesus Cristo. O reino daqueles dias será o Império Romano, porque nas profecias de Daniel não se fala doutro, mas do quarto animal ou quarto reino. Se não há um quinto Império Mundial, é ele mesmo. Ainda Daniel diz: "...o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário... e fará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício..." (Dn 9 26b, 27a).
Quem destruiu a cidade de Jerusalém e o templo depois de Daniel foi o povo romano, comandado por Tito, no ano 70. Então o povo romano é o mesmo do príncipe que faz o acordo por uma semana com os judeus. O quarto animal de Daniel tinha dez chifres (7.7), a primeira besta tinha dez chifres (Ap 13.1), e tinha as características dos quatro animais: boca de leão, pés de urso, semelhança de leopardo e os dez chifres da quarta fera. É o representante da última fase da história dos governos do mundo. Achamos razão para afirmar que a primeira besta é o Anticristo porque foi seu povo quem destruiu Jerusalém (Dn 9.26). É semelhante aos quatro animais da visão de Daniel e, particularmente, ao quarto (7.7). Tem características de Jesus Cristo, para aparecer como se fosse Ele.
Como Jesus Cristo: a) Foi-lhe dado poder sobre toda tribo, e língua, e nação (v2 e 7). b) Recebeu um trono (v 2). c) Foi ferida mortalmente e foi curada (v 3). d) Tinha boca para proferir grandes coisas (v 5. Dn 7.8). e) Foi adorada (v 8). No capítulo 17, aparece outra vez a descrição da besta indicando mais claramente que é um elemento romano. A besta que subiu da terra não tem as características acima, é o Falso Profeta ( 19.20; 20.10). É um judeu que tem mais o papel de líder religioso, como o Anticristo é o líder político. Em Daniel capítulo 2, o rei Nabucodonosor teve um sonho no mesmo assunto da visão de Daniel. Viu uma estátua de quatro metais: ouro, prata, cobre e ferro, representando os mesmos quatro impérios mundiais. As pernas de ferro (Dn 2.33,41-43) correspondiam ao império romano, mas tinham uma parte de barro nos pés. O ferro ali é o poderio militar de Roma, e o barro é símbolo do povo judeu.
"... Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" (Jr 18.6b). As pernas e parte dos pés de ferro são o lado romano, representado pelo Anticristo; e a parte de barro, o lado judeu, representado pela segunda besta, o Falso Profeta. Quando estão exercendo este governo orientado por Satanás, chega a hora do juízo, caindo a pedra (Dn 2.34,35,44,45) que é Jesus Cristo, que destrói tudo e estabelece o seu Reino. A palavra Anticristo não aparece em Apocalipse, só vem na primeira epístola de João 2.18-22. Quem prejudica a obra de Cristo é um anticristo, mas virá o Anticristo. O prefixo anti quer dizer contra e em lugar de. O que há de vir será espiritualmente contra Cristo e publicamente quererá aparecer como se fosse o próprio Cristo. O sinal da besta (v 16) será uma coisa visível para identificação, uma marca, distintivo ou coisa semelhante talvez impresso ou tatuado em cada pessoa.
Quem não for partidário ou devoto da besta sofrerá , toda soste de impedimento e restrição. O número 666. "É o número de um homem" (v 18), porém cremos que ninguém pode identificar o Anticristo agora. Muitos dizem que é o Papa, porque tomou o lugar de Jesus Cristo na terra, e muitos títulos e distintivos que adota têm, nas letras latinas, este valor. Mas não ousamos dizer que é o Papa. O Anticristo é um só, e o Papa vem numa série ou sucessão, tem havido muitos. Um personagem que mais se ajusta a este número é Nero César, que foi imperador romano, porém, não temos coragem de afirmar que é ele. Quando se manifestar o Anticristo, nós, os crentes, não estaremos neste mundo, não precisamos saber exatamente quem é.
Capítulo 14 – Sete visões breves Cada uma delas é completa em si mesma, e faz parte dos detalhes da hora do juízo. Deus está julgando o mundo, os santos estão com Ele. Na terra, Satanás está irado. Caem os castigos de Deus sobre o mundo, e o inimigo organiza o poder universal do Anticristo, o que provoca a Grande Tribulação. Satanás quer destruir Israel, que é alvo de seu ódio. É "o dia da angústia de Jacó"(Jr.30. 7), ou "...da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo..." (Ap 3.10). Aquela época é a referida em Mateus 24.21-22, quando, "se não fossem abreviados aqueles dias, nenhuma carne se salvaria". Mas são abreviados por causa dos escolhidos, os dois grupos: os 144.000 judeus que saem da tribulação purificados como ouro, e os mártires gentios que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro (cap. 7).
O plano de Satanás é manter uma época de tempo bom sob governo do Anticristo, para seus súditos viverem satisfeitos, para darem glória e honra à sua obra como se fosse de Deus. Por sua astúcia, enganará os homens para acharem que há progresso, grandeza e tranqüilidade (Dn 8.24,25). Mas este plano é blasfêmia contra Deus porque o Anticristo, sob o poder de Satanás, quer ser reconhecido como Deus. Por isso o Senhor Deus dos céus e da terra despejará sobre o seu reino todas aquelas taças da ira e da condenação. Afligido pelos castigos, ele descarregará sua perversidade sobre os que reconhecerem a vontade de Deus e desobedecerem a seus planos.
As sete visões breves do capitulo 14 são:
1. O Cordeiro com o restante remido de Israel (o mesmo grupo de 7.1-8) no monte de Sião.
2. Um anjo oferecendo oportunidade mais uma vez, convidando os habitantes da terra a temerem a Deus e dar-lhe glória por meio de um evangelho eterno (v 6 e 7).
3. Outro anjo anunciando a destruição de Babilônia (v.8). Babilônia é um poder político e também um poder espiritual. Babilônia se refere à Igreja Católica Romana que se vendeu ao mundo para tornar-se grande. No capítulo 18 se refere a Roma, capital do reino do Anticristo, cidade comercial, riquíssima e extremamente corrompida.
4. Outro anjo avisando sobre o castigo para os que adoracem a besta, a sua imagem, ou recebessem o seu sinal (v 9-11).
5. Uma voz do céu confortando os que morressem na perseguição.
6. O próprio Jesus Cristo com uma foice para ceifar a terra (v. 14- 16). Tem referência à parábola do trigo e do joio(Mt 13.37·- 43). Os anjos cooperarão, mas quem ordena tudo é "o Filho do homem" (Jesus). Ver o versículo 14.
7. A vindima (v 17-20). A ceifa é o castigo sobre os homens, vindima é a destruição da religião apóstata. A vinha produziu frutos que não agradavam a Deus. As uvas foram para o lugar da ira de Deus, que era fora da cidade de Jerusalém (v 20). Fora da cidade, Jesus foi crucificado e no mesmo lugar será o lagar da ira. O sangue foi até os freios dos cavalos por 1.600 estádios.1.600 estádio; é a extensão da Palestina. Ver referência à vinha (Is 5.1; Jr 2.21).
Capítulos 15 e 16 – As sete taças da ira de Deus Primeiro aparece um grupo composto dos que vencera a besta, sua imagem, seu sinal e seu número (v 2) e cantam louvando a Deus, cheios de gratidão. Cantavam "o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro" (v 3). O cântico de Moisés foi entoado pelo povo de Israel, quando Deus os livrou da perseguição de faraó (Ex 15). O cântico do Cordeiro é o louvor dos salvos, reconhecendo a graça de Deus que veio por Jesus como Salvador. Os versículos 5 a 8 começam a visão dos anjos com as taças.
Abriu-se o templo (v 5) e ouviu-se uma voz vinda do templo ( 16.1 ). A ordem para derramar as taças era diretamente de Deus.
1ªTaça – (16.2) – Faz-se uma chaga maligna sobre o homens que tinham o sinal da besta. A corrupção tomando proporções maiores.
2ªTaça – ( 16.3) – O mar se tornou em sangue de um morto. Morte espiritual, não física. Aqui não há guerra. Satanás toma conta das almas.
3ªTaça – (16.4-7) – Os rios e as fontes se tomam em sangue. Os rios e as fontes dão de beber, aqui se tornam em sangue como castigo. É luta e violência onde devia haver paz. Pode ser na sociedade e na família.
4ªTaça – (16.8,9) – Os homens são abrasados pelo sol, blasfemam contra Deus e não se arrependem. O sol é o governo daquele tempo, que se torna despótico e intolerante.
5ª Taça – (16.10,11) – O reino da besta se faz tenebroso. Lembra as trevas que caíram sobre o Egito no tempo de Moisés. Aqui é escuridão espiritual. Parece a vida do inferno, porque os homens mordem as línguas com a dor e não se arrependem.
6ªTaça – (16.12-16) – Seca-se o rio Eufrates e três espíritos imundos surgem para congregar o mundo para uma batalha. O rio Eufrates no passado foi o limite do Império Romano. Os três espíritos são o dragão, a besta e o falso profeta (v 13), porque tudo é planejado e realizado por eles. O ideal do Anticristo é exterminar Israel que até aqui tem sido protegido por Deus. Secando o Eufrates, abre-se o caminho dos "reis do Oriente" (v 12). Estes são os russos, cumprindo a profecia de Ezequiel 38 e 39. As palavras Gogue e Magogue ali são a Rússia. Meseque e Tuba1 têm as mesmas consoantes no hebraico que correspondem a Moscou e Tobolski, as cidades principais da Rússia atualmente.
Enquanto o Império Romano se mostra poderoso pela habilidade de seus líderes e pelos milagres que realiza (Ap 13.13), os russos formam um bloco poderoso, pelos seus grandes exércitos e pelas massas humanas de seus aliados: "Persas, etíopes, os de Pute... Gomer, Togama... muitos povos" (Ez 38.5 e 6). Naquela ocasião os russos vêm se ajuntar aos exércitos do Anticristo no lugar chamado Armagedom (v 16). A palavra Armagedom é derivada de Megido, onde Baraque lutou (Jz cap. 4). A li os céus pelejaram, até as estrelas pelejaram (Jz 5.20). Nesta passagem é só a preparação. Ou reunião para a batalha. O resultado é apresentado no capítulo 19, onde deve ser estudado. Não houve luta, porque Jesus Cristo destruiu tudo (cap.19). 7ªTaça – 16.17-21 – Ouve-se uma voz no templo dizendo: "Está feito". Com a 6ª taça, cujo resultado termina em 19.19 – 21 chega ao fim do julgamento dos homens. Vejam-se as expressões: "nelas é consumada a ira de Deus" ( 15.1 ); "até que se consumassem as sete pragas" (15.8); e "Está feito" (16.17). A preparação da batalha para esmagar Israel (v 14 – 16) é o auge do esforço do Anticristo. No começo da semana de anos foi feito o concerto (Dn 9.27) por interesse material.
Não havia amizade, nem confiança entre as duas partes. O ferro e o barro não se unem (Dn 2.43). O líder judeu, que é o falso profeta, reconhece a possibilidade de ataque de todas as nações em redor. Zacarias profetizou sobre um ajuntamento de "todas as nações" (Zc 14.2) e falou antes de um "cerco contra Jerusalém ( 12.2). Aquela profecia nunca foi cumprida, porque Deus promete livrar o povo ou o resto do povo de Israel, em Jerusalém mesmo (Zc l2.6,7 e 8). Quando Nabucodonozor tomou Jerusalém, não deixou o povo lá. Os restantes foram como cativos para Babilônia A cidade foi destruída. Quando Tito tomou no ano 70d.C. também destruiu a cidade e levou os sobreviventes como escravos para Roma e para o Egito. Então o judeu faz o acordo com o Anticristo, para salvar seu povo daquele ataque. Deus anula este acordo para que os judeus sejam provados. Os que aderirem ao Anticristo perecerão, e os "restantes" fiéis serão preservados pela graça de Deus.
O Anticristo faz o acordo interessado nas riquezas da Palestina. No meio da semana, o Anticristo anula tudo e persegue Israel, até culminar com a cena de Armagedom. Símbolos do Apocalipse III "Deus não se deixa escarnecer; porque o que o homem semear, isso mesmo ceifará" (Gl.6.7). A Queda da Babilônia (17.1; 19.10). Com a sétima taça começou o castigo sobre Babilônia. Houve relâmpagos e trovões, e Deus "se lembrou de Babilônia" para dar sua sentença (19.18,19). No capítulo 17, a pessoa que ocupa mais espaço é uma mulher classificada como prostituta (v 1 ), mãe de todas as prostituições (v.5). Está sentada sobre uma besta (v 7 e 9) e também sentada sobre muitas águas (v 1 e 15). A mulher vestida ricamente (v 4) tinha na mão um cálice cheio de abominações, na testa o nome: Mistério (v 5) e estava embriagada de sangue dos santos (v 6).
Esta mulher é identificada como "a grande cidade que reina sobre os reis da terra" (v 18), que tem aqui o nome de Babilônia (16.19; 17.5). Babilônia, capital de Nabucodonozor, foi destruída; é um lugar deserto, onde dizem que aparecem espíritos maus, para perturbar quem ousar dormir nas suas ruínas. Cumpre-se Isaías 13.19-22. Cremos que nunca será reedificada. Babilônia aqui vem com um sentido simbólico. Há uma relação entre ela e a mulher. A mulher prostituta é uma cidade, e a cidade é chamada Babilônia. João usa aqui Babilônia significando Roma. Como Babilônia foi a cidade e o poder político que perseguiu e combateu o povo de Deus no Antigo Testamento, Roma foi que perseguiu os cristãos na era da Igreja.
A mulher (v 1 a 7 e 16 a 18) representa o cristianismo apóstata que em adultério com o mundo se desviou do Evangelho. A Principal aplicação deve ser feita à Igreja Católica Romana que arroga a si a autoridade sobre as nações. Dá muita ênfase aos "mistérios" (v 5) possui imensas riquezas, e derramou tanto sangue dos fiéis a Jesus Cristo: a) "Estava assentada sobre muitas águas" (v 1 ). "São povos, multidões, nações e línguas" (v 15). Não está entre as nações, mas sempre procura dominar as nações. b) "Vestida de púrpura, escarlata, ouro e pedras preciosas (v 4).No Vaticano está a maior riqueza do mundo ocidental c) "Sentada sobre sete montes" (v 9). Roma é realmente uma cidade do mundo edificada sobre sete montes: Palatino, Quirinal, Aventino, Celiano, Viminal, Esquilino e Janiculano. d) "Os reis da terra se embriagaram com o vinho de seu cálice" (v 2 e 4). Sua doutrina tem dominado os governos de todas as nações. Ela "reina sobre os reis da terra" (v 18). e) "Mãe das prostituições e abominações da terra"(v.5).
Devia ser a noiva pura de Jesus Cristo, mas deixou a Bíblia e arranjou toda sorte de mistérios e dogmas condenados por ela. A besta, sobre qual está assentada a mulher (v 3,7,8 a 17),é a mesma de 13.1-10. A palavra besta aqui tanto significa o anticristo, como o Império Romano. O Anticristo é seu representante. Os dez chifres são dez que ainda não receberam o reino(v. 12), mas receberão poder junto com a besta. Cooperam com o Anticristo e se levantarão contra a prostituta (v 16), porque Deus permite que aborreçam aquela mulher a ponto de destruí-la. Babilônia neste capítulo é, em primeiro lugar, a Igreja Católica Romana que estará numa coligação com o governo do Anticristo. Naquele dia será destruída pelos próprios reis da terra, cooperadores do Anticristo, com a permissão de Deus. A referência à besta e aos outros reis que com ela se relacionam ajuda a esclarecer outras coisas sobre o anticristo. "Cinco deles caíram, um existe, e o outro não é vindo; e, quando vier, convém que dure por um pouco de tempo.
E a besta que era e já não é, é também o oitavo e um dos sete, e vai para a perdição" (v 10 e 11). O versículo 8 diz: "a besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo". Os sete montes de Roma são sete cabeças da besta (13.1;17.9). Estas palavras ditas a João vêm comprovar o fato de ser um romano o Anticristo, porque só na história dos Césares encontramos aquela descrição. Eram sete reis (v 10); cinco tinham caído antes de João ter estas visões, um estava governando, e a besta ainda não tinha chegado. A besta foi e já não é, e há de subir do abismo (v 8), governou, morreu, e há de vir. Nos dias de João, cinco dos Césares tinham caído, morrendo por morte violenta, assassinato ou suicídio. Foram: Júlio César, Calígula, Cláudio, Tibério e Nero". "Existe um". Estava governando Domiciano.
A besta seria o oitavo e um dos sete (v 11). Em toda a história, e em todo o cenário humano, a pessoa que parece mais enquadrada no lugar do Anticristo é Nero César. Foi um dos sete e um que caiu antes de João ouvir estas palavras. E a cabeça da besta que foi ferida de morte e "curada" (deve ressuscitar-13.3).É do povo (romano) que destruiu a cidade de Jerusalém e o Santuário (Dn 9.26). Cumpre as palavras do versículo 11 e seu nome hebraico tem o valor de 666. Apesar de todas estas indicações, a identificação do Anticristo não é importante para os crentes, que não estarão mais neste mundo quando ele aparecer. Outros irmãos, expositores da Bíblia, pensam que deve ser um judeu. Não discutimos sobre isso. Só não podemos aceitar que seja uma doutrina, uma apostasia ou uma corrente política. É um homem que procura ocupar o lugar de Jesus Cristo, e será destruído por Ele em sua vinda gloriosa.
Capítulo 18 – Babilônia neste capitulo tem outro sentido Em 17.16,17, os reis da terra têm ódio de Babilônia aborrem a prostituta e a queimam no fogo. Em 18.15-19, choram e lamentam com grande tristeza a sua destruição. Em 17.5, Babilônia é Roma, significando o poderio resultante do Cristianismo falsificado, unido ao poderio político do Anticristo. No capítulo 18, Babilônia quer dizer Roma como cidade comercial, capital do Anticristo que prosperará extraordinariamente, tornando-se grande centro de comércio, célebre pelas artes, diversões e pecados. No capítulo 17 vem o fim da igreja Católica Romana, e no 18 o fim da grandeza de Roma, sede do governo do Anticristo. Os reis da terra se gloriam com o fim da Igreja católica, e choram o fim de Roma comercial. Pode haver divergência nos comentaristas sobre detalhes, porém a Bíblia é clara acerca da queda de Babilônia. Roma, sede da Igreja Católica, e capital do reino do Anticristo, tanto no lado místico da religião, adulterado pelos dogmas e mistérios, como no lado artístico e cultural, obras de beneficência, festividades e influência política, desagrada a Deus.
E naquela ocasião será castigada e destruída para sempre. O anjo jogou uma pedra no mar, simbolizando Babilônia e disse seis vezes: "nunca mais" (v 21-24). Ali foi derramado o sangue dos profetas, dos apóstolos e dos santos, e Deus julgou sua causa. Capítulo 19 – Alegria no Céu pela vitória do Senhor Com o julgamento e castigo da prostituta e da cidade, a um brado de alegria dos remidos. único onde está "Uma grande multidão" (v 1-3) louvava a Deus e exultava. Não é a Igreja, só podem ser os mártires de 6.9 e 7.9,10. "Os 24 anciãos" são a Igreja (v 5), e aconselham a louvar a Deus. A alegria é geral (v 7-19). São anunciadas as bodas do Cordeiro. O noivo é Jesus Cristo, a noiva é a Igreja, somos nós, transformados e livres do pecado dignos de estar perante Deus. Num casamento há os convidados e amigos. Ali serão "Bem aventurado os que são chamados às bodas" (v 9). São os santos de Adão até João Batista. Jesus disse: "entre os nascidos de mulher não apareceu alguém maior do que João Batista, mas o menor no Reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11.11).
Individualmente ninguém é maior do que João Batista, porém, naquele casamento, João é um convidado, amigo do noivo (Jo 3.29). A Igreja é a noiva, o membro mais humilde da Igreja estará em maior honra do que Ele. A Vitória do Cordeiro (19.11-21) Esta visão é o que realmente se pode chamar a vinda do Senhor. Aqui ele aparece com os seus santos (1 Ts 4.14: Jd 14 e 15) para condenar os ímpios: "todo olho o verá" (Ap 1.7). Sentar-se-á no "vale de Josafá" (Jl 3.12) para julgar as nações. Vem montado num cavalo branco (v 11-16). O Anticristo veio num cavalo branco (6.1-2), mas este é diferente. Jesus aparece vindo do céu aberto, o Anticristo veio da terra. Jesus tem uma espada saindo de sua boca (v 15), o Anticristo tem arco, não tem espada. A descrição dos versículos 12 e 16 mostra outros atributos de Jesus Cristo, e seu nome é "Fiel e Verdadeiro" (v 11), "Rei dos reis e Senhor dos Senhores" (v 16).
O Anticristo estava com os seus exércitos, "a besta e os reis da terra reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército" (v 19). Estão no lugar chamado Armagedom os aliados do Anticristo com os reis do oriente que passaram o Eufrates (16.12-14) e se congregaram, para juntos atacarem Jerusalém. Aparecendo o cavaleiro (19.1), o próprio Senhor Jesus, resolveram fazer guerra contra Ele. Não haverá batalha em Armagedom, é só a preparação dos exércitos da besta, a quem Jesus Cristo "destruirá pelo assopro de sua boca e aniquilará pelo esplendor de sua vinda" (2 Ts 2.8). O Anticristo e o Falso Profeta foram presos e lançados vivos no lago de fogo e enxofre (v 20). E os aliados que formavam aqueles exércitos foram mortos todos (v 21 ). Acabou-se a grandeza do Anticristo, terminou a semana de anos de Jesus Cristo está aqui na terra para julgar os vivos.
O julgamento dos gentios foi apresentado nas palavras do próprio Jesus Cristo em Mateus 25.31-46. Quem procura entender o Apocalipse por seu próprio entendimento, sem recorrer ao Espírito Santo, que nos ensina tudo (Jo 14.26), ou sem pedir sabedoria a Deus (Tg 1.5), chega a conclusão de que é livro difícil. De acordo com a razão humana os capítulos 24 e 25 de Mateus, são mais difíceis de entender do que todas as visões do Apocalipse. "Se alguém dentre vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tg 1.5). É só ter humildade para reconhecer que não sabe, e fé em Deus, sabendo que Ele atende aos que o buscam. O Julgamento das Nações (Mt 25.31-46) Para compreender este assunto, precisamos recordar as três classes em que a humanidade está dividida na linguagem do Novo Testamento. "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem à igreja de Deus" (1 Co 10.32).
Referências aos judeus: João 4.22; Romanos 3.1,2; 9.4,5. Referências aos gentios: Marcos 7.27,28; Efésios 2.11,12; 4.17,18. Referências à Igreja: Efésios 1.22,23; 5.29-33; I Pedro 2.9. O judeu é o que descende do sangue de Abraão que foi chamado por Deus (Gn 12). O gentio é o elemento de qualquer nação que não vem de Abraão. A igreja "um povo... especial, zeloso de boas obras" (Tito 2.14) que Deus remiu e chamou para lhe pertencer. É tirado de judeus e gentios. Começou no Pentecostes em Atos 2, e termina com o arrebatamento em I Tessalonicenses 4. O Judeu, o Gentio e a Igreja de Deus em Mateus 24 e 25 Estes dois capítulos apresentam uma profecia que parece ser a mais difícil do Novo testamento, mas podem ser entendidos com uma divisão correspondente às três classes da humanidade
1. Referência à nação judaica e Jerusalém. Parte sobre a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. e parte sobre a Tribulação, predita como aflição de Jacó (24.1-44).
2. Referência à Igreja. Contém três parábolas que se aplicam à Igreja, lembrando sua responsabilidade (24.25; 25.30).
3. Referência aos gentios, ou às nações gentílicas (25.31-46).
Quando Jesus destruir os exércitos do Anticristo e os lançar no Inferno junto com o falso profeta, executará este julgamento em Mateus 25.31-46. "Quando o Filho do homem vier na sua glória... todas as nações serão reunidas diante dele" (v 31 e 32). Os crentes todos estarão com Ele, os mortos incrédulos serão julgados em Apocalipse 20.12-15, depois do Milênio. Os que comparecem diante dele são os gentios vivos. São três classes naquele ajuntamento: os bodes, as ovelhas (v 32) e os irmãos (v 40). Os irmãos são os restantes dos judeus fiéis que sofreram, durante a Grande Tribulação, a perseguição do Anticristo. As ovelhas são os gentios que, na aflição dos judeus, ajudaram com o que eles precisavam. Ganharão, como recompensa, a entrada para participar do reino de Jesus Cristo no Milênio. Os bodes são os gentios que não socorreram os servos de Deus durante a Tribulação, e serão lançados no Inferno.
Capítulo 20 – O Milênio Passados os sete anos entre o Arrebatamento da Igreja e o aparecimento glorioso do Senhor Jesus Cristo, estarão julgados e postos no Inferno o Anticristo e todos os que foram considerados como bodes" em Mateus 25.31-46. Começará então o que chamamos o Milênio. Será um período de mil anos, em que Jesus Cristo reinará aqui na Terra em paz, porque não haverá pecado. Será um ambiente como o da Terra antes de Adão pecar. Há quem diga que não se deve considerar exatamente mil anos. Mas um tempo indeterminado, porque a expressão "mil anos" em relação àquele período só aparece neste capítulo, que é o mais simbólico de Apocalipse, e Apocalipse é o mais simbólico dos livros da Bíblia. Preferimos dizer que são mil anos literalmente, porque aparece seis vezes "mil anos" neste trecho (v 1 a 7).
Duas vezes se diz que mil anos para Deus são como um dia (Sl 90.4 e 2 Pe 3.8). Deus fez o mundo físico em seis dias, e no sétimo descansou. Com a entrada do pecado, tudo se estragou, e Deus resolveu fazer uma restauração, uma criação espiritual, a redenção da humanidade, e esta também está sendo feita em seis dias, que são seis milênios. Jesus veio no fim do quarto milênio, como o sol foi feito no quarto dia (Gn 1.16-19). Ele é chamado o Sol da Justiça (Ml 4.2). Quando terminar o sexto milênio da história do homem na terra, Deus terá completado a sua nova criação, a criação espiritual do resgate do pecador. Seguir-se-á o sétimo milênio, o dia do descanso espiritual. Mil anos são para Deus como um dia, o Milênio do reino de Jesus Cristo é como o dia de descanso, depois de criar o mundo.
Há ainda uma profecia de Oséias que se refere à restauração de Israel, com a idéia do milênio. "Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Depois de dois dias, nos dará a vida; e ao terceiro dia nos ressuscitará..." (Os 6.l e 2). O povo de Israel rejeitou a Jesus no começo desta era, e Deus o castigou por dois milênios. Chegando o terceiro milênio estará cumprida a profecia de Oséias porque no terceiro dia serão ressuscitados como nação. O milênio , de Jesus Cristo será o antítipo do dia de descanso de Gênesis e do "terceiro dia" de Oséias. Portanto deve ser literal. Durante o Milênio, desaparecerá a maldição do pecado (Gn 3.14-19). O deserto será campo fértil (Is 32.15).
Aquele Varão será o refúgio contra a tempestade (Is 32.1 e 2). "Os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância da paz" (Sl 37.11). Satanás estará preso, amarrado por mil anos (Ap 20.2 e 3); não poderá enganar nem estimular os homens para pecarem. Serão súditos daquele reino os restantes dos judeus, representados pelos 144.000 assinalados, e todos os gentios que auxiliaram os judeus na dura perseguição do Anticristo. Foram chamados "...benditos de meu Pai..." (Mt 25.34b). Nós, que fazemos parte da Igreja, somos a esposa do Cordeiro, estaremos reinando com Ele. Como José no Egito deu o melhor da terra para os irmãos (Gn 47.11), mas a esposa estava com ele no palácio (Gn 41.45). Os judeus são os irmãos, e nós, a esposa, teremos posição privilegiada. Primeira ressurreição (v 4 a 6).
Não se trata de número ordinal, não é a primeira porque venha antes de outras. É a primeira porque é importante, preciosa para Deus. É a ressurreição dos que são aceitos por Deus. Ele mesmo chama "primeira" e diz que é "bem-aventurado quem toma parte nela". É composta dos remidos. No versículo 4 são mencionados "as almas dos que foram degolados pelo testemunho de Jesus" e os "que não adoraram a besta". São os dois grupos mencionados em 6.9 e 7.9,14;15.2. A ressurreição é comparada à colheita de trigo: havia as primícias, que eram o primeiro molho; a sega, que era a safra grande, e os rabiscos, ou gavelas, as espigas restantes, que deviam ser deixadas para os pobres (Lv 23.10 e 20 a 22). Na ressurreição de Jesus foi as primícias (1 Co 15.20), no arrebatamento da Igreja a sega, a colheita maior (1 Ts 4.13-17); e, na vinda de Jesus, os rabiscos ou restantes, que são aqueles mártires de Apocalipse 20.4.
Tudo é primeira ressurreição e a Bíblia aqui não fala de "segunda". Sobre os mortos incrédulos usa o verbo, "os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabem" (Ap 20.5). Esta classe ressuscitará após o Milênio, e será condenada ao Inferno. Satanás reúne Gogue e Magogue (v 7 a 10). O Inimigo foi amarrado por mil anos (v 2), e aqui foi solto um pouco de tempo (v 7). Saiu a enganar as nações, e consegue formar um exército capaz de cercar a cidade amada, Jerusalém. Seu plano é destruir o Senhor e tomar outra vez o poder. Gogue e Magogue aqui não são a mesma coisa de Ezequiel 38 e 39. Em Ezequiel a passagem se refere à Rússia; vem "das bandas do norte" em relação a Roma; há exércitos organizados com suas armas e são mencionados os países aliados. É antes do milênio. São os reis do oriente de Apocalipse 16.12 que atravessam o Eufrates.
Em Apocalipse 20 não há mais exércitos organizados. Satanás percorre "os quatro cantos da terra" (o mundo todo). Em Ezequiel 38.16 é Deus quem envia Gogue contra Israel; em Apocalipse 20 é Satanás quem ajunta o povo. Gogue e Magogue são todos os gentios que atenderão ao apelo de Satanás e se oporão ao Messias. Depois de haver mil anos de paz, felicidade completa, ainda os homens atendem a Satanás para destruir Jesus Cristo e sua obra. Quem serão esses ingratos? Só há duas hipóteses. Ninguém sabe com certeza quem são. Pode ser que haja muita gente que tenha socorrido os judeus na perseguição só por instinto ou temperamento, sem conversão, nem reconhecimento a Deus. Tiveram como recompensa do benefício que fizeram o gozo do Milênio.
Quando Satanás aparecer, se revelarão. Outra hipótese é que pode haver procriação no Milênio para os súditos do reino. Nós da Igreja não. Seremos como os anjos de Deus. Para nós não haverá casamento (Lc 20.35,36). Se houver procriação na terra, pode ser que se levante esse grupo rebelde dentre os nascidos durante o Milênio. Não se sabe ao certo se haverá procriação. Mas Satanás ajunta um exército que será destruído pelo fogo (v 9), e o Diabo, que os enganava, irá para o lugar preparado para ele (v 10). O Julgamento dos mortos incrédulos (v 11-15). É a última parte do juízo. Perante o trono branco apareceram todos os que morreram na desobediência. São mortos grandes e pequenos. Uns tiveram vida escandalosa, outros bem moralizados, mas desprezaram a Deus. Uns eram reis e potentados, outros miseráveis mendigos, porém, todos incrédulos. Foram todos para o lago de fogo. As Coisas Novas (Capítulos 21 e 22) João viu "novos céus e nova terra" (v 1). Os que agora existem serão renovados pelo fogo (2 Pe 3.12,13).
Desaparecerá tudo que a civilização humana construiu, e habitará a Justiça de Deus no mundo. O assunto que ocupa mais espaço na visão das coisas novas é a Nova Jerusalém – (21.2 e 22.5). Não é a Jerusalém terrestre, desce do céu, seu lugar é celestial. É figura da Igreja, tabernáculo de Deus, morada de Deus pelo Espírito Santo (Ef 2.22).Está "adornada como uma esposa ataviada para seu esposo". Deus estará com o seu povo (v 3). No Éden Deus passeava com suas criaturas. Quando livrou os israelitas do Egito, prometeu habita no meio deles (Êx 25.8). Na visão da Nova Jerusalém se realiza este plano de Deus. Confirmam-se as palavras: "estaremos para sempre com o Senhor" ( 1 Ts 4.17). A cidade é tipo do povo de Deus, pode ser vista pela freqüência do número 12. Eram 12 portas com 12 anjos, com os nomes das 12 tribos de Israel (v 12) e 12 fundamentos com os nomes dos 12 apóstolos. Em forma de cubo (v 16), e tem quatro faces que ficam para os lados dos quatro pontos cardeais como o acampamento de Israel (Nm 2). O ouro e as pedras preciosas são símbolos do valor da beleza, que nossa mente limitada não pode avaliar agora. Ali não haverá abominação (v 27) nem maldição (22.3), e não haverá mais noite (22.5).
O Rio e a Árvore da Vida (22.1-5) O rio é a graça de Deus (Ez 47.1-12), porque "de Jerusalém correrão águas vivas" (Zc 14.8). Suas correntes "...alegram a cidade de Deus..." (S146.4a). Não é para dar vida, porque tudo ali tem vida; é para animar e encher de satisfação, para fazer felizes os remidos na glória. Quando Adão e Eva pecaram, ficaram privados de comer da árvore da vida (Gn 3.22,23). Pela redenção efetuada por Jesus, os crentes terão direito a comer do seu fruto. "Ao que vencer...darei a comer da árvore da vida..." (Ap 2.7). Os glorificados da Igreja comerão daquele fruto.
Fonte : Igreja do Evangelho Quadrangular
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