terça-feira, 30 de março de 2010

Amor: Você valoriza quem ama?

Você valoriza quem ama? Você já parou para pensar, qual o resultado das tuas palavras na vida de uma pessoa? Muitos pais chamam os filhos de imprestáveis, inútil, incapaz, gordo, burro, ignorante, enfim são tantos adjetivos... E O ESPOSO DIZ A ESPOSA OU VICE VERSA:

-Você está um caco -Maldito o dia em que eu me casei

-Se eu não tivesse me casado com você, eu estaria melhor.

Sabe, cada palavra dessa é gravada no interior do ser humano e passa a ele uma mensagem negativa, que o leva a agir de acordo com o que ele recebe. As pessoas tratadas dessa forma perdem o estímulo, para tentar outra vez, porque receberam e registraram a mensagem, de que não são capazes. Amado(a) , que tipo de mensagem você tem enviado as pessoas que estão a sua volta , será que você tem inferiorizado alguém, com críticas, fazendo essa pessoa desistir de lutar? Ë preciso valorizar as pessoas que fazem parte do nosso círculo de relacionamento.

Qual foi a última vez, que você disse ao seu cônjuge, que acredita no seu potencial? Qual foi a última vez, que você entrou no quarto do seu filho, e elogiou seu desempenho na escola, faculdade, igreja? Nos últimos três meses, quantas vezes você chegou e disse ao esposo (a), filho (a), que o ama e que ele foi um presente do Senhor? I Timóteo 5: 08 Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo. Somos gentis com os de fora, muitas vezes cometemos o erro, de enfeitar a casa para uma visita, a melhor roupa de cama, a melhor prataria, para os hóspedes, enquanto os nossos, vivem de restos, resto de carinho, resto de tudo, o que sobra, do que damos aos outros.

Quero ilustrar esta palavra, para que você entenda melhor: Dois velhinhos que já estavam casados há mais de cinqüenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar. A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra Neoqeav num lugar inesperado para o outro encontrar e assim quem a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente. Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar. Eles escreviam Neoqeav com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio . "Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho. Uma vez,ela até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo.

Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com Neoqeav rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam. Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa quanto da mobília. Levou bastante tempo para se passar a entender e gostar completamente deste jogo que eles jogavam. Conta o neto do casal: Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida. Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.

Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso. Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. Antes de cada refeição eles davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó ficou doente. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes. Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.

A doença agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, orando a Deus para zelar por sua esposa. Então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu. "Neoqeav" foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó. Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo,começou a cantar para ela.

Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava. Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando: "Mas o que Neoqeav significa?". Não está? Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV" O amor é mais do que a fé. Maior que a esperança. É o eterno dom de Deus. Que coisa linda, não é amado(a)? Vamos treinar, com nossa família? As pessoas precisam ser valorizadas pelo que elas são, indiferente de idade de situação. Aprenda a dizer eu te amo, mesmo nos momentos de raiva. Eu e meu esposo aprendemos um segredo: Pra acabar com uma discussão, no meio de um ataque de ira, diga ao outro, mesmo que seja aos gritos:

EU TE AMO!!! Que o Senhor te abençoe, com toda sorte de bênçãos, espirituais, nas regiões celestiais.

Pastora Janethi Menezes
Um parceiro Melodia

segunda-feira, 29 de março de 2010

Muito além da igreja


"Temos que vigiar, as portas estão se abrindo com muita facilidade"


Por


Sidnei Marcos F. Batista


* * * Matéria do Jornal da Tarde * * *



A música gospel ganha força e chama a atenção
de grandes gravadoras. A Sony já entrou no jogo


FERNANDA BRAMBILLA, fernanda.brambilla@grupoestado.com.br


No ano passado, a Festa do Peão de Barretos, o maior evento do gênero do País, teve uma atração insólita. Naquela noite, um dos palcos do evento (o da Esplanada, para 50 mil pessoas) foi espaço de um show do cantor evangélico André Valadão, aplaudido pela multidão. Fatos como esse têm causado impacto no mercado fonográfico. Eles mostram que a música gospel está ultrapassando as fronteiras da igreja. E a Sony, maior gravadora do Brasil, já percebeu esse movimento. Não por acaso, foi atrás do cantor Régis Danese (ex-pagodeiro do Só Pra Contrariar e agora convertido), pastores da famosa bispa Sônia Hernandes, do Renascer Praise, e até o quinteto de bispos roqueiros descolados do Resgate. Eles são os primeiros contratados do selo gospel da Sony Music, lançado recentemente.

Há 18 anos entre as gravadoras que regem a produção gospel, Carlos Knust acredita que a religião engrena numa fase promissora. "Já se foi o tempo em que lojas de departamento rejeitavam esses CDs. Ao longo da última década, essa barreira foi quebrada", diz. "O mercado secular sofre com pirataria e download ilegal, mas o gospel não, porque os pastores reprovam essa conduta", diz Knust, gerente comercial da MK Music.

Segundo ele, a crise que abalou o mercado fonográfico brasileiro em 2007 atraiu olhares de fora da igreja à fatia que se manteve sólida à base de pregação. "As gravadoras olharam a gente de um jeito diferente", diz o executivo. O grande pecado desse ministério são os números obscuros. As gravadoras evangélicas não fazem parte da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), que fornece dados do mercado, o que torna seu sucesso no mínimo, questionável.

A Line Records (ligada à Igreja Universal do Reino de Deus), diz que o bombado hit Faz um Milagre em Mim levou Danese à casa de 1 milhão de álbuns vendidos. Curiosamente, os tops de 2009 exibem números mais humildes. Juntos, os dois álbuns mais vendidos, de Padre Fábio de Melo (Iluminar, da Som Livre) e da dupla Zezé Di Camargo & Luciano (Sony) vão pouco além das 500 mil cópias.

Mas é fora do âmbito musical que o universo pentecostal tem o argumento mais eloquente. Levantamento realizado no ano passado pelo Serviço de Evangelização para a América Latina (Sepal), organização de estudos teológicos, pinta um cenário surpreendente: daqui a dez anos, metade dos brasileiros será de evangélicos. O instituto se baseia na premissa de que a taxa de crescimento dessa religião continue a mesma dos últimos 40 anos. Hoje, essa porcentagem beira os 24%.

Esses números chegaram à Sony, que chamou Maurício Soares, executivo do mercado gospel, para comandar os novos negócios. "O setor gospel tem sua própria linguagem e funciona muito bem, ainda que na informalidade", diz Soares, que não revela dados, mas destaca as 3 mil lojas de CD no País. As livrarias evangélicas, ele explica, são como lojas de conveniência, e aliam a venda de CD a outros produtos. "Tem de Bíblia a DVD e camiseta. Estamos acompanhando isso há alguns anos e o público evangélico está crescendo".

Desafio maior ainda é lançar esses artistas na mídia, que torce o nariz para canções mais ortodoxas. "Não estamos contratando a igreja. A mensagem do artista é boa? Então vamos melhorar a embalagem." O projeto da gravadora envolve intercâmbios com as filiais latinas e já empolga os cantores evangélicos, como Danese. "Vou poder gravar um CD em espanhol", diz ele, que lançou este ano uma coletânea pela Som Livre. "Aquilo foi como ganhar um carro. Agora, entrei num avião."


sexta-feira, 26 de março de 2010

O Vaticano reconhece a existência do diabo em suas fileiras. E prepara seu exército para contra-atacar a presença do mal

Veja matéria abaixo. Realmente o final dos Tempos!!!

Fonte: Revista Isto É * Internet*

A igreja enfrenta seus demônios - Parte 1

O Vaticano reconhece a existência do diabo em suas fileiras. E prepara seu exército para contra-atacar a presença do mal

João Loes e Rodrigo Cardoso


A igreja enfrenta seus demônios: o repórter João Lóes comenta a matéria de capa da IstoÉ desta semana, sobre a presença do mal no Vaticano

Clique aqui para ler dois exemplos de fórmulas de oração usadas nas cerimônias de exorcismo

O exorcista-chefe do Vaticano, Gabriele Amorth, espantou o mundo na semana passada ao declarar, alto e bom som, que "o demônio está à solta no Vaticano". A justificativa para tal desabafo, que macula a residência oficial dos católicos com a fumaça do diabo, foram os inúmeros e incômodos casos de pedofilia envolvendo religiosos e o atentado ao papa Bento XVI no Natal do ano passado. Casos recentes não faltam para sustentar a indigesta frase do padre Amorth, que já tem 85 anos e dedicou os últimos 25 à realização de 70 mil rituais de expulsão do diabo do corpo de fiéis atormentados. Na Alemanha, por exemplo, surgiram denúncias de abusos feitos contra meninos dentro do milenar coral Regensburger Domspatzen, administrado até 1994 pelo irmão do papa, Georg Ratzinger. No Chile, um padre espanhol da Congregação de Clérigos de São Viator foi preso com 400 horas de vídeos que continham pornografia infantil, boa parte produzida pelo próprio sacerdote. Já no Brasil, dois monsenhores e um padre da cidade de Arapiraca, Alagoas, foram acusados de abusar sexualmente de seus coroinhas. "Quando se fala de Satanás dentro do Vaticano, é de casos como esses que está se falando", reitera o exorcista. Para Amorth, o diabo existe, não é uma entidade subjetiva ou simbólica, e precisa ser enfrentado. E o que poderia ser tratado como um arroubo medieval em outras épocas hoje ganha força considerável com um lobby de peso: o do próprio papa Bento XVI, que acredita no demônio e defende a volta dos rituais de exorcismo.


"Quando se fala na fumaça de Satanás no Vaticano, é de
casos de pedofilia e violência na Igreja que está se falando"

Padre Gabriele Amorth, exorcista-chefe do Vaticano

O sumo pontífice quer criar um exército de sacerdotes exterminadores de demônios pelo mundo, mas tem uma tarefa árdua pela frente. Tanto o diabo quanto os exorcistas estão fora de moda pelo menos desde o século XX. Até mesmo entre os católicos, leigos e religiosos, que consideram muito caricata e teatral a figura demoníaca e preferem subjetivar o mal, deixando-o, assim, mais palatável para o racionalismo vigente. Com o advento da psiquiatria e os avanços da medicina, muito do que se atribuía ao diabo passou a ser explicado e remediado pela ciência. Desvios como os dos padres do coral Regensburger Domspatzen e dos brasileiros de Arapiraca ganharam nome de sintomas psiquiátricos. Até quem se diz possuído pelo demônio já tem diagnóstico reconhecido pela quarta edição do manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais, publicado em 1994 – a pessoa seria vítima de um "Transtorno Dissociativo Sem Outra Especificação". A Satanás, cuja própria existência foi colocada em dúvida, sobrou o papel de representação simbólica do mal. Enquanto isso, o ofício de exorcista, em baixa, parou de atrair seminaristas. Com o tempo, um corpo de religiosos majoritariamente ignorante no assunto se estabeleceu na hierarquia clerical. "A quase totalidade do episcopado católico nunca fez exorcismos nem assistiu a um ritual", acusa o padre Amorth. Também boa parte dos bispos, responsáveis pela investidura do cargo de exorcista oficial a um dos sacerdotes de suas dioceses, abandonou a obrigação. Muitos não acreditam sequer na existência do demônio.



Bento XVI começou a tentar reverter esse quadro a partir de 2005. Mas daí a mudar a Igreja, que é um dos organismos mais burocráticos e avessos à transformação que existem, há um longo caminho. Em seus discursos e documentos, constam referências diretas a uma série de pilares teóricos do catolicismo que ele pretende retomar. Entre eles está, por exemplo, o reconhecimento da existência do demônio como um espírito do mal que se manifesta de forma objetiva nas atitudes dos homens. E se as ondas dessas orientações teóricas demoram para reverberar sobre a pesada estrutura clerical, nas costas dos fiéis elas parecem ter chegado com a força de um tsunami. "Temos visto um aumento na procura por exorcismos. As pessoas estão claramente mais sensíveis à influência do diabo", afirma Ana Flora Anderson, socióloga e biblista vinculada à Cúria Metropolitana de São Paulo. A tese é apoiada pelo frei italiano Elias Vella, autor de "O Diabo e o Exorcismo" (Editora Palavra & Prece). Ele reconhece que, entre os anos 1970 e 1990, houve uma calmaria nos casos de possessão. "Hoje, os problemas demoníacos voltaram com força", disse à ISTOÉ o religioso, que também foi exorcista. A igreja agora corre para suprir a crescente demanda, em meio a uma grave crise de vocações e uma diminuição do número de padres no mundo.



"A Igreja precisa se organizar para capacitar seus padres e fiscalizar melhor quem faz exorcismos"
Padre Gabriele Nanni, exorcista oficial da Diocese de Roma, que dá cursos para outros sacerdotes pelo mundo

Um retrato do descompasso que há hoje entre as necessidades dos fiéis e o despreparo do clero está sintetizado no livro "The Rite" ("O Rito", em tradução livre), lançado em 2009 pelo jornalista americano Matt Baglio. Repórter free lancer na Itália, ele resolveu acompanhar um padre dos Estados Unidos durante um curso para formar exorcistas ministrado pela prestigiada Pontifícia Universidade Regina Apostolorum, em Roma, vinculada ao Vaticano. "Achei estranho existir um programa de estudos como esse em pleno século XXI", afirma. "Mas considerei ainda mais espantoso descobrir que muitos dos padres que estavam lá não tinham ideia do que era o demônio e como se fazia um exorcismo." Baglio lembra ainda que os calouros se diziam marginalizados pela comunidade religiosa de onde vieram por manifestar interesse por assunto tão controverso.

A igreja enfrenta seus demônios - Parte 2

O Vaticano reconhece a existência do diabo em suas fileiras. E prepara seu exército para contra-atacar a presença do mal

João Loes e Rodrigo Cardoso

O autor de "The Rite" levantou até números sobre a atividade dos exorcistas no continente americano para confirmar a tese de como o ritual está relegado. Segundo Baglio, deveria haver pelo menos 200 exorcistas ativos nas Américas do Norte, Central e do Sul. Mas em 2009 esse número não passava de 15. "Sei que mais de 95% dos supostos casos de possessão que chegam aos padres acabam diagnosticados como desvio psiquiátrico. Mas e o resto, como fica?", questiona. O americano acompanhou 18 exorcismos genuínos na Itália e é taxativo ao afirmar que, em alguns casos, a única solução é o ritual católico. "São pessoas que sofrem demais, ninguém sabe por que, e buscam atenção religiosa", diz. Segundo o jornalista, boa parte dos rituais dura entre 30 minutos e 40 minutos, para não esgotar o possuído. Mas houve casos testemunhados por ele que renderam três horas de luta com o diabo. "É física e mentalmente exaustivo para todos os envolvidos", admite.


Padre Gabriele Amorth, ponta de lança do movimento que defende a existência concreta do diabo e a importância do retorno dos exorcismos, já está aposentado da prática dos rituais. O único exorcista oficial em atividade na Diocese de Roma atualmente é o sacerdote italiano Gabriele Nanni, que reforça a tese de seu antecessor. "Ele está bem velhinho, mas suas palavras são valiosíssimas, dada a riqueza das experiências que teve com o diabo nas décadas em que serviu como exorcista oficial do Vaticano", afirma. Nanni, por sua vez, se tornou exorcista oficial da Diocese de Roma em 2000 e, de cara, acumulou a função de professor da Pontifícia Universidade Regina Apostolorum. Entre 2000 e 2005 fez uma média de dois exorcismos por semana – ao menos 520, todos com reconhecimento oficial. Hoje, divide seu tempo entre as aulas na universidade e os cursos que ministra no exterior. Desde 2006, por exemplo, visita a Cidade do México pelo menos uma vez por ano para treinar sacerdotes locais no ritual. Mas isso não os exime da necessidade da autorização do bispo para execução de um exorcismo. "A demanda está aumentando e a Igreja precisa se organizar para capacitar seus padres e fiscalizar melhor quem faz o rito sem autorização", alerta. A parte que cabe a ele tem sido feita. Nanni visitou vários países a convite das dioceses locais para ministrar o curso. A Igreja Católica perdeu outro célebre exorcista oficial, o arcebispo de Lusaka Emmanuel Milingo, excomungado depois de casar com uma coreana.



TRADIÇÃO
Bento XVI é fiel ao catolicismo medieval, com demônio, pecado e fidelidade à liturgia

Ainda vai demorar para que a legião de expulsores do mal almejada pela Santa Sé se forme. Alguns especialistas atribuem essa carência à debandada de fiéis para algumas igrejas evangélicas, que enxotam demônios por atacado. Enquanto isso, o católico convicto se vira como pode. Se os exorcistas treinados por vaticanistas e aprovados por bispos não vêm, alguns sacerdotes católicos têm atendido aos pedidos dos numerosos fiéis que imploram pelo alívio de uma despossessão. Padre Nelson Rabelo, 89 anos, é um deles. Há 22 anos ele administra a Igreja Sant'Ana, uma bela construção do século XVIII encravada no centro do Rio de Janeiro. Lá, depois da missa das 8h30 das sextas-feiras e sábados, faz orações de cura e libertação. "Vez ou outra há pessoas que gritam, se retorcem, choram e desmaiam", explica (leia quadro com os sinais de possessão na página 90). Essas são levadas a uma sala onde a manifestação recebe tratamento. Para confirmar se é um caso de possessão, o sacerdote faz várias perguntas. Questiona quantos demônios estão no corpo, indaga seus nomes, a que vieram e que tipo de mal esperam fazer. Algumas vezes, ouve ameaças. "A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o diabo", explica. À medida que o exorcismo se desenrola, os malignos vão saindo aos poucos, um por um. "Uma vez encontrei Lúcifer numa menina de 15 anos. Ele se apresentou e disse que de nada adiantaria a minha ação. Mas, no fim, teve que sair", conta, com ar vitorioso. Segundo os especialistas, a maioria dos possuídos pelo diabo é formada por púberes do sexo feminino, personalidades muito suscetíveis.

Tocadas pelo trabalho do sacerdote do Rio, duas devotas, a advogada Ana Claudia Cavalcante e Zulmira Maria de Rezende, escreveram o livro "Padre Nelson, o Enviado de Deus" (Editora UniverCidade). "Ele trata todas as pessoas igualmente sem receber um centavo", diz Ana Claudia. A advogada conta que nos exorcismos conduzidos pelo padre, e presenciados por ela, as pessoas possessas reviravam os olhos, arqueavam as mãos e se arrastavam pelo chão. "Mas não ouvi mudança de tom de voz, como normalmente se vê nos filmes." Uma vez, o próprio demônio denunciou o objeto da casa que havia contaminado para impedir a cura da vítima: o colchão. De outra feita, a mulher possuída foi ao banheiro e se autoflagelou, ficando completamente ensanguentada. Houve também o episódio em que um jovem ficou nervoso ao receber a bênção de padre Nelson e passou a espancar todos à sua volta. Foi exorcizado e hoje frequenta as sessões de oração.



LIBERTAÇÃO
O ex-arcebispo de Lusaka (Zâmbia) Emmanuel Milingo pratica exorcismo na Itália

Apesar de reconhecer a boa vontade de trabalhos como o de padre Nelson, a Igreja oficialmente não os aprova. "Quem exorciza sem autorização do bispo já começa errado", sentencia dom Hugo Cavalcante, presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas e porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele explica que o diabo é aquele que semeia, entre outras coisas, a desobediência. E não há desobediência maior, no rito do exorcismo, do que fazê-lo sem autorização superior. "O exorcista deve ser um homem virtuoso e extremamente culto, senão o diabo, que é muito esperto, pode enganá-lo", explica Cavalcante. A opinião é compartilhada pelo teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Tem que ter malandragem para lidar com o demônio", afirma. Hoje, a Igreja não habilita aspirantes a exorcistas com menos de 35 anos, doutorado em teologia e conhecimento impecável da "Bíblia" (leia quadro na página 90). São exigências criadas para evitar não só diagnósticos de possessão errados, mas também rituais de exorcismo incompletos. "Tem demônio que finge que saiu do corpo para depois voltar com ainda mais força", alerta Altemeyer.

Mas como reconhecer Satanás? A cultura popular costuma descrevê-lo como um ser animalesco, feio, com rabo e chifres, cheirando a enxofre e com a pele avermelhada. Para os estudiosos, essa representação surgiu no Oriente, berço da religião católica, onde o bode, que reúne as características físicas que hoje atribuímos ao diabo, tinha função expiatória. Naquela época, quando alguma suspeita de feitiço pairava sobre a comunidade, um bode era solto no deserto para vagar até a morte. Nada mais natural, portanto, que a cultura que criou esse ritual tenha atribuído características físicas semelhantes à do animal em questão ao demônio. "Mas ele é puro espírito e não existe de forma material", afirma Cavalcante, da CNBB.



"A pessoa fica fora de si. Não é ela quem fala, mas o demônio"
Padre Nelson Rabelo, 89 anos, exorcista e pároco da Igreja Sant'Ana, no Rio de Janeiro

A origem do diabo não está na "Bíblia", mas foi delineada através dos tempos por teóricos da fé. A história conta que, antes de criar o cosmo, Deus fez os anjos. Só então ele partiu para forjar o mundo material. Alguns anjos, porém, como puros espíritos, se opuseram à criação desse universo material, naturalmente imperfeito e aparentemente desnecessário para seres como eles, espirituais. Alheio às vontades dos anjos, Deus não só criou o cosmo como foi além e fez o homem à sua imagem e semelhança. Foi a gota d'água para a oposição se revoltar. A rebelião, sob a liderança do anjo Lúcifer, foi repreendida por Deus, que enviou os caídos ao inferno. De lá, porém, como demônios, eles passaram a influenciar os seres humanos. São milhões os malignos circulando pela terra, segundo a tradição católica. "Mas somos nós que deixamos as portas abertas para eles entrarem", explica Altemeyer, da PUC-SP.

A relação homem e demônio é longa, segundo a tradição cristã. Desde os primeiros seres humanos a habitar a Terra. Agraciados com uma vida sem dor e preocupação no paraíso, Adão e Eva cederam às tentações da serpente – uma representação do diabo – e comeram o fruto da árvore proibida. Ambos acabaram expulsos do paraíso e marcaram o início da história humana. Outro marco importante na trajetória do demônio na terra é a chegada de Jesus Cristo. Ela crava a vitória divina e humana sobre o demônio, mas não o extingue. Mesmo subjugado e sem poder diante da força de Deus, ele ainda tem influência sobre o homem. Para quem se deixou levar pela tentação do demônio e se vê possuído por ele, criou-se o exorcismo. "Jesus e seus apóstolos, bem como todos os cristãos primitivos, foram exorcistas", conta frei Elias Vella. "Era um sinal de fé", diz.



Os exorcistas contemporâneos parecem trabalhar como no princípio do catolicismo – perseguidos, com muitas dificuldades e temerosos quanto ao futuro de seu ofício. "Meus colegas sacerdotes falam que não expulso demônio nenhum", conta o padre paulista Cleodon Amaral de Lima, que pratica exorcismo há 25 anos sem investidura (leia boxe na página 92). Padre Nelson, do Rio de Janeiro, também conhece as dificuldades do exorcista contemporâneo. "Poucos bispos aceitam nosso trabalho", diz o religioso, que foi expulso de duas dioceses em Minas Gerais antes de ser acolhido no Rio de Janeiro. "Quando eu parar com os rituais aqui na igreja, eles acabam." Cabe ao Vaticano impedir que isso aconteça.

Colaborou Francisco Alves Filho

terça-feira, 23 de março de 2010

O terrível período da tribulação


O arrebatamento da Igreja


Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.


1Tessanolicenses 4: 16-17


O termo "arrebatamento" deriva da palavra raptus em latim, que significa "arrebatado rapidamente e com força". O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por "arrebatado" em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Jesus nos ares.O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo. Isso demonstra que a igreja será tirada de um modo singular, rápido e inesperado. O Arrebatamento, é a bem-aventurada esperança da igreja, aguardado com ansiedade e expectativa.


1. Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos "que morreram em Cristo" (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11-20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6 ).


2. Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, "num abrir e fechar de olhos" (1Co 15.52).


3. Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão "arrebatados juntamente" (4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.


4. Estarão literalmente unidos com Cristo (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3 s), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).


5. Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10 ), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da "ira futura" (ver 1.10 ; 5.9), ou seja: da grande tribulação.


6. A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos "sempre com o Senhor" (4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).


7. Paulo emprega o pronome "nós" em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).


8. Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a Cristo, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1 ; Lc
12.45 ). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1), sujeitos à ira de Deus.


9. Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2 ). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44 ).


Propósito do arrebatamento


Livrar os Embaixadores do Rei — II Co 5.20


Introduzir os santos num estado de glória — Jo 14.1-3


Produzir a transformação final — Fp 3.20-2 1


Tipos e figuras do arrebatamento:


Enoque; arrebatado antes do dilúvio — Gn 5.22-24; Rm 5.9-10; 1 Ts 1.10; Hb 11.5


Ló; tirado de Sodoma antes de sua destruição — Gn 19.9,22,24 Isaque e Rebeca; tipificam Cristo e a Igreja — Gn 24.58-67; 1 Ts4.17


Elias; Deus revelou que ele seria arrebatado, a igreja sabe que será
arrebatada—IIRs2.11;Atl.10-11;ICol5.51-5 3 Marta e Maria: Uma é a Igreja muito preocupado com a obra com a parte mais material, A Outra é a igreja espiritual voltada para a comunhão com Deus, que busca intimidade com Deus e então está preparada para o arrebatamento pois escolheu a melhor parte. Conforme Lucas 10:38-42


Características do arrebatamento


Será rápido —1 Co 15.51,52


Será secreto — 1 Ts 5.2; Ap 16.15


Já dissemos que é um ponto irrealista e espiritualmente improdutivo pensar que o Senhor sujeitaria sua amada noiva aos terríveis eventos da Tribulação. E, aproveitando que estamos no assunto da noiva de Cristo, vamos dar uma rápida olhada nos antigos costumes hebraicos de noivado e casamento.


Uma vez que os pais concordassem com o casamento de seus filhos e o noivado formal fosse declarado (o noivado naquele tempo tinha o mesmo vínculo de indissolubilidade que o casamento), o noivo então iria providenciar uma casa para viver com a noiva.


Isso, freqüentemente levava até dois anos para ser concluído. Enquanto esperava, a noiva permanecia na casa de seu pai, mas vivia em uma "expectativa do retorno do noivo a qualquer momento". Suas malas ficavam prontas, por assim dizer, pois ela ansiava com expectativa pelo dia em que seu pretendido voltaria para ela. Então, quando o noivo finalmente ficava preparado para receber sua noiva, um alegre grupo de celebrantes, juntamente com os "amigos do noivo" - os paraninfos, ou padrinhos, na terminologia atual - vinham à casa da noiva à meia-noite, e um amigo do noivo gritava "Aí vem o noivo!" A noiva, logicamente, devia acordar e abrir a porta para os celebrantes.
Nesse ponto, ela acompanhava o grupo festivo até a casa do pai do noivo, onde a cerimônia de casamento ocorria - e depois disso, o casal se mudava para sua nova casa, para uma lua-de-mel que normalmente durava sete dias.


Os paralelos entre o costume hebraico do casamento e o arrebatamento da igreja são inegáveis!


A noiva (a igreja) deve esperar a vinda do noivo (Jesus Cristo) na casa de seu pai (este mundo, controlado por Satanás). Quando o noivo volta após um período de separação de dois anos (aproximadamente 2.000 anos até aqui), a noiva é levada para a casa do pai do noivo (a casa do Pai Celestial) onde ocorre a cerimônia de casamento. A lua-de-mel na nova casa (as "moradas" de João 14:2) dura sete dias (corresponde aos sete anos do Período da Tribulação aqui na Terra).


Então, encontramos outro forte argumento para um arrebatamento anterior à Tribulação em 1 Tessalonicenses 5:9, em que lemos: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo."


Esse verso, considerado no contexto, está obviamente conectado com o ensino de Paulo a respeito do arrebatamento - pois esse é o assunto do capítulo 4 e verso 13 até o capítulo 5 verso 11.E, uma das principais razões que motivou Paulo a escrever essa primeira carta era que a igreja de Tessalônica estava entristecida pelo destino dos seus amados. Aquelas pessoas também tinham crido e aparentemente tinham morrido sem terem sido tomadas nos céus por Cristo (como Paulo tinha ensinado anteriormente, isso aconteceria algum dia).


No entanto, como Paulo só esteve com eles por aproximadamente um mês, o conhecimento que eles tinham do assunto era incompleto. Portanto, para corrigi-los nesse mal-entendido, Paulo diz que seus familiares mortos "em Cristo" na verdade (somente por um momento) precederiam aqueles que estarão vivos no instante do arrebatamento.


Observe que Paulo usa a palavra "consolai-vos" duas vezes em seu discurso, em um esforço de aliviar seus temores; depois ele conclui com o verso citado anteriormente (5:9), dizendo que Deus não os tinha destinado para a ira - a ira divina que está reservada para a nação de Israel (em particular, e para o restante do mundo em geral) e, portanto, devemos compreender que esse ensino a respeito do arrebatamento objetiva ser uma fonte de consolação para todos os crentes da Época da Igreja.


Como o Diabo não tinha acabado de atormentar esses cristãos tessalonicenses, circulou a falsa noção que por causa da perseguição que eles estavam experimentando, o "dia do Senhor" (o Período da
Tribulação) já estava presente e eles tinham perdido o arrebatamento!
Isso levou Paulo a escrever sua segunda epístola, em que lhes deu (e a nós também) dois sinais inegáveis, sem os quais o Período da Tribulação não poderá iniciar!


No verso três do capítulo dois, Paulo nos diz que não devemos nos deixar enganar por ninguém, pois "aquele dia" não virá sem que ocorra antes a apostasia - uma apostasia, ou afastamento, juntamente com o aparecimento do "homem do pecado", o Anticristo. Assim, precisamos compreender que esses dois eventos terão de ocorrer antes do início do período da Tribulação.


Neste ponto, gostaria de lhe fazer uma pergunta: Qual outra razão poderia ter motivado Paulo a apresentar esse ensino aos tessalonicenses, se não tivesse em vista o arrebatamento anterior à Tribulação? Pense nisso.


Apocalipse 3:10, onde o Senhor glorificado dirige palavras à igreja de
Filadélfia:


"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra."


Pense atentamente na palavra hora. É um termo limitado à Terra.Uma vez que você saia da Terra e do sistema solar, essa palavra não tem a mesma relevância!As sete igrejas mencionadas em Apocalipse, capítulos 2 e 3, eram igrejas literais espalhadas pela Ásia Menor no tempo em que João escreveu o Apocalipse.E no dispensancionalismo também representa a era ( ou eras) da Igreja de Cristo na terra.


1 - Muitos eruditos bíblicos acreditam que elas representam sete períodos distintos da história da igreja (como citado), finalizando com os "laodicéienses" - um tempo de espiritualidade morna imediatamente anterior ao período da Tribulação.


2 - Outra interpretação é que são sete tipos de igrejas, contendo membros individuais que são representativos de todas as expressões de espiritualidade e fidelidade a Jesus Cristo. E é para o caráter "filadelfense" fiel dos cristãos genuínos (que estiverem vivos naquele tempo), que a promessa é feita: "eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo".


3 - Uma outra linha entende tratar-se tanto de períodos da igreja de Cristo na terra e tendo também crentes individuais com características de cada uma das sete igrejas, e pense bem, hoje é assim encontramos cada um dos 7 tipos de crentes dentro da igreja hoje com certeza.


Observe que a promessa é "guardar da hora" e não "guardar na hora".Noé foi salvo "da" ira de Deus no dilúvio, mas passou pela hora! Ló foi salvo da ira de Deus, mas passou pela hora.Jesus Cristo promete à igreja que a livrará da hora da provação que virá sobre todo o mundo. Outro ponto interessante é que a igreja é mencionada freqüentemente até Apocalipse 3, mas então no verso 1 do capítulo 4, João recebe uma súbita ordem "Sobe aqui" (simbólica do arrebatamento?) e a igreja não é mencionada novamente até muito mais tarde, onde a encontramos como a "esposa do Cordeiro", no capítulo 21.


Precisamos compreender que o principal propósito do Período da Tribulação ("O Dia do Senhor") é punir e refinar a nação de Israel - não a igreja de Jesus Cristo - que é sua amada noiva.Parte (senão a maioria) da confusão que cerca esse assunto é causada pela compreensão incorreta do termo "escolhido" como se referisse aos filhos de Deus.A igreja é formada exclusivamente de indivíduos escolhidos, mas existem dois grupos distintos de escolhidos fora da igreja:


O primeiro é formado pelos santos do Antigo Testamento e o segundo é o grupo daqueles que serão salvos durante o período da Tribulação.


Portanto, quando vemos o termo "escolhidos" usado em Mateus 24, juntamente com algumas referências nos evangelhos de Marcos e Lucas - precisamos entender que esses não são os santos da Época da Igreja .(Não é a Igreja)


Perceba ainda, que no Apocalipse, a Tribulação ou Grande Tribulação é descrita do capítulo 6 até o 19, quando a igreja deixa de ser mencionado antes da Grande Tribulação e só volta a ser mencionada voltando com Jesus Cristo, ao final dos 7 anos para livrar Israel e Reinar com Cristo.Será a toa que a igreja não é mencionada no período de tribulação do Apocalipse? A Resposta é porque a igreja de Jesus Cristo, não passará pelos 7 anos de tribulação



Nascerá crianças após o arrebatamento?


Um dia estava em um culto de doutrina, e alguém levantou no meio e perguntou ao Pastor se durante a Grande Tribulação as mulheres vão engravidar normalmente ou se ficarão estéreis.???????Isso é polêmico... mas diante da pergunta. O Arrebatamento não implicará em mudança definitiva das leis naturais.Nos 7 anos de tribulação, os homens (e mulheres) que ficarem continuarão sendo humanos. Inclusive, não entenderão o ocorrido. Procurarão respostas. Logo, a vida irá continuar "normalmente". Não há porque não admitir o nascimento de crianças.



O que é tribunal de Cristo?


Todos os salvos, após o arrebatamento, comparecerão diante do Redentor, ocasião em que haverá uma avaliação do que fizemos ou não fizemos; uns receberão louvor; outros, censura: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal" (2 Co 5.10).


Quem julgará: Cristo, o Justo Juiz (Jo 5.22; Is 33.22).


Quem será julgado: todos os salvos, sem exceção.


"Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo" (Rm 14.10).


Onde será o Tribunal: no céu. Em outro lugar não poderia ser. O céu é a morada de Deus, e é para lá que iremos.Como será o julgamento: tudo será transparente e público, ou seja, o que tivermos feito por meio do corpo, de bom ou ruim, será conhecido por todos os presentes.Nada ficará encoberto: "Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas" (Hb 4.13)


O julgamento dos crentes não será para condenação.A nossa salvação está garantida pelo sacrifício de Jesus. O julgamento será para galardoar aqueles que foram fiéis; que não enterraram seus talentos; que souberam utilizar os dons espirituais e ministeriais recebidos; que, enfim, cumpriram a contento a missão que o Senhor lhes confiou. Estes receberão aprovação divina, recompensa e honra (Mt 25.21; 1 Co 3.12-14; Rm 2.10).


Os servos negligentes receberão reprovação divina, ficarão envergonhados e sofrerão perdas (1 Co 3.15). Tudo será revelado: nossos atos mais ocultos; nossas palavras; nosso caráter. Nada ficará encoberto. É o momento de prestarmos contas de nossas ações, de nossa fidelidade; nosso zelo pela obra do Senhor na Terra.


Não devemos ficar atemorizados diante da perspectiva desse julgamento.Ali estará o nosso Salvador em quem confiamos. Mas devemos procurar crescer a cada dia como filhos de Deus, separados para o seu Reino. Fiquemos com estas palavras: "Ora, já está próximo o fim de todas as coisas. Portanto, sede sóbrios, e vigiai em oração. Tende, antes de tudo, ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Sede hospitaleiros uns para os outros, sem murmuração. Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.7-10).


Veja um exemplo de diferentes graus de glória 1ª Corintios 15:41,42


E veja agora, que para os que se perdem (perdem a salvação), Haverá também diferentes Graus de castigo leia:Lucas 12:46-48; Mateus 23:14; Marcos 12:40; Lucas 20:47; Hebreus 10:29



Qual é o significado de As Bodas do Cordeiro?


A expressão "Bodas do Cordeiro" define o encontro da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre.Será a celebração desse casamento, uma festa de grande alegria e glória. "Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou" (Ap 19.7).É importante sabermos que enquanto se realiza a celebração das Bodas, os que ficaram na Terra, estarão passando pela mais terrível tribulação de todos os tempos.Nas Bodas, o Senhor cumprimentará a todos, e todos O conhecerão de perto, e falarão com Ele. A alegria desse momento é muito grande.Todavia, o clima será também de expectativa, porque Jesus, após esta celebração, descerá à Terra para a grande batalha contra o Anticristo e seus exércitos, no sombrio vale do Armagedom. "Bem-aventurados os que são chamados à ceia das Bodas do Cordeiro" (Ap 19.9).


É bom não esquecermos que ao instituir a Santa Ceia, quando disse aos apóstolos para que, em sua memória, comessem do pão e bebessem do cálice, Jesus prometeu que aquela celebração seria repetida no céu: "E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da vide, ATÉ AQUELE DIA EM QUE O BEBA DE NOVO CONVOSCO NO REINO DE MEU PAI" (Mt 26.29).Nesta, Jesus preparou-se para o sacrifício da cruz; na Ceia das Bodas, Jesus estará se preparando para derrotar o mal sobre a face da Terra:aniquilar o diabo, o Anticristo, as nações ímpias, e instalar seu reino milenar.


Jesus Está Voltando, Podes tu dizer Maranata ?? !!!!


Rodrigo Martins
Um parceiro Melodia